E tudo seria sempre
não fossem esses entendimentos
de razões tão às avessas
como se a vida fosse sempre
um tanto faz.
Tudo seria sempre
não fosse a sanidade escassa
que crava nas possibilidades
esse gosto assombrado de futuro.
Tão certo esse não-tempo-agonia
que espreita por nossas humanas falhas!
Daqui a pouco, o espanto.
Amanhã, silêncios, talvez,
ou um gemido que nem consiga ser prece
– meio
medo, mea culpa –
e constatar seja demasiadamente sal.
E amanhã, talvez,
nem haja mais tempo para tal
e a remissão
esteja lá onde nossa imperfeição não alcança.
...
Ah, mar, mar!...
Em que lugar de teu abandono
haveremos de resgatar a esperança?
Helena Chiarello
3 comentários:
MAR avilha!!! Foto e poesia encantadoras! Adorei! bjs, ótima semana,chica
...e haverá ainda a esperança? Em que céu, em que mar a iremos buscar... forças teremos para tal?
Sublime!
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