De tempo e asas

Foto: Helena Chiarello - arquivo pessoal

Há paisagens e varandas
que contemplam a memória
de quando o contentamento dos pássaros
[en]cantava o brilho alado
dos nossos olhos de esperança e ventania.
Na soltura daquele enredo
folhas e primaveras nos sopravam
futuros e infinitudes.

Mas sabemos,
não duraremos aqui
muito mais do que aquela estação.

E quando as horas voarem
por sobre os jardins que amamos
e a noção dos dias
desembocar na noite silenciosa do tempo,
vamos retomar as antigas asas,
pousar no ramo mais alto
e impor nossa própria eternidade
à brevidade de tudo o que voa...


Helena Chiarello

4 comentários:

chica disse...

Muito linda, intensa e a brevidade da vida , uma certeza! bjs, lindo fds e tudo de bom!chica

Anderson Fabiano disse...

Mo, cole meu email. Amo. Barba

Anderson Fabiano disse...

Porque é nos galhos mais altos das árvores do depois que vamos construir o derradeiro ninho que nos imortalizará.
E nossas asas ou o que sobrar delas restarão como registro de nossa passagem por este plano. Amo você, Poetinha.
Barba (seu e somente seu)
Amoooo!

gaivota22 disse...

É uma Oração, uma oração de reconhecimento ao que "somos" ou do que "estamos"nessa brevidade de tudo que voa..... LINDOOOOOO!!!! Bjs amiga do Coração!!! Saudade!!!!