Da última
vez que morri
eu era santa
- e forjada
no improvável
me alcei
emplumada
no alarde
antigo
das minhas
crenças rasas
com mãos
crispadas
de pecados e
dons
não me sustentou
a prece
grudada à boca,
o perdão de
menos
e o espanto
da constatação demais
- e despenhei alarmada
- e despenhei alarmada
no caos de
tudo que me fazia
e me pesava
e me pesava
[e era nada]
Meu D(eu)s,
perdoa-me a
finitude!
Da última
vez que morri
cheguei
atrasada da verdade das asas.
Helena Chiarello
4 comentários:
Que maravilha,Helena! Que bom te ver! Andei afastada, pois Kiko teve outras cirurgias e voltei em janeiro,logo que retornamos à casa! Mas não te vi mais! Fico feliz em te ler! bjs, tudo de bom,chica
Stella mia,
que bom revê-la produzindo (de novo) coisas tão belas. Estava com saudades de ver suas palavras, sempre próprias, deitadas nesse espaço mágico.
A Poesia agradece!
A comunidade de poetas agradece! E eu, quem sabe, tomo vergonha na cara e volto a escrever poesias e postá-las também.
Amo você, Poetinha.
Barba.
Maravilhoso e Teosófico, perfeita descrição do que seja um mergulho da alma na matéria....Amei, Amei! V!V!V!Bjs mil minha Amiga do Coração!!!!!
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