Foto: Helena Chiarello - arquivo pessoal |
As palavras proferidas pelo coração
não tem língua que as articule,
retém-nas um nó na garganta
e só nos olhos é que se podem ler. [Saramago]
Andava pela tarde
com aquele jeito absorto,
fazendo o trajeto que
eu sabia,
gostava tanto.
Olhava as flores do jardim,
examinava uma folha,
tirava um galho
que esqueceu de brotar.
Parava o tempo
para ouvir um pássaro.
Passava a mão
nos cabelos de brisa
e com uma cara de riso,
abria os braços
como quem abraça a vida.
Olhava em volta
e respirava comprido,
como se quisesse absorver
todos os cheiros da estação.
Fazia parte daquilo tudo
e tudo aquilo era parte dele.
...E andava pela tarde,
ao meu olhar absorto...
[A buscar uma palavra,
uma ternura estendida
esvoaçou o instante
e pairou num pensamento.
Aquele silêncio comovido
tinha forma, gesto,
gosto e nome.
“Eterno” - sussurrou-me,
num longo sopro, o tempo.
Sorri comigo mesma.
“Infinito” - pensei.
Minha voz, se houvesse, diria amor.]
num longo sopro, o tempo.
Sorri comigo mesma.
“Infinito” - pensei.
Minha voz, se houvesse, diria amor.]
9 comentários:
Até eu "respirei comprido" aqui...
Lindo demais e deu pra sentir tudo que vai no teu coração! beijos,tudo de bom,chica
Lindo dia das crianças!!!rs
Stella mia,
Bem sabes o quanto me esforço para ser discreto, mas, fica impossível não liberar um enorme "obrigado" quando passeio por entre estas tuas letras...
... e pensar que tudo isso nascia, enquanto eu apenas "olhava as flores do jardim, tirava um galho que esqueceu de brotar e passava a mão nos cabelos de brisa"
Menina do Céu, como te amo!
E, se alguém, com a insanidade própria dos aprendizes de deuses, não souber a resposta, que leiam com a devida atenção essa belíssima poesia.
Então, só me resta roubar de Saramago, tudo que queria saber escrever para falar da emoção que essa Poesia me causou:
"As palavras proferidas pelo coração não tem língua que as articule, retém-nas um nó na garganta e só nos olhos é que se podem ler"
Assim, amor, convido-a a olhar meus olhos.
Amo você, Poetinha! Por todos os motivos do mundo!
Barba
E com um nó na garganta fiquei eu,face a um amor tão lindo,a um sentir tão profundo que nem a palavra eterno consegue abarcar...
Infinito é o teu amor,infinito o meu encantamento ao passear com vocês por este jardim de sonhos,cabelos de brisa e braços abertos para a vida.
Bjsssssss e todos os aromas da primavera para os dois,
Leninha
Meus Amigos do Coração!!!
Nada mais pode ser dito depois dessa busca... De uma palavra? A palavra, Poeta, que tua voz gritou sem dizer é a única que abraça e guarda vocês!!! O Infinito Eterno Amor que a vida presenteou unindo dois corações Poetas e duas vidas em Poesia!!!
Lindo, lindo, como sempre Lê! Todas elas V!V!V! para vocês!
Um abraço enorme!!!
Helena,que maravilhosa e terna declaração de amor!Tb fiquei a suspirar pela beleza de sua poesia cheia de sentimento!Bjs,
...e tu fazes, minha querida Helena , com que as palavras fiquem retidas na garganta, mas com vontade de dar um grito de saudação á tua inspiração, à tua sensibiidade poética, à tua forma de escreveres o amor tão peculiar, com um misto de paixão, ternura, e bondade, e até agradecimento ao Infinito quando abres os braços quer como agradecimento quer como querendo abraçar ainda mais o mundo...
E queria que fossem minhas as tuas palavras quando dizes""Aquele silêncio...tinha forma, gesto, gosto e nome." E tu sabes o quanto adoro o silêncio... Ele é para mim, como uma personagem!
Uma poesia igual a ti! Bela, linda, intensa, mas com a suavidade da ternura!Imensa!
Abraço na alma minha querida!
Tua poesia está inundada de luz, tudo nela transpira vida da melhor qualidade, doação, transbordamento, profusão de paz e contentamento! Linda demais!
Bjos
A sensação de estar aqui passeando no seu lindo poema
bjs
Amada! Posso confessar uma coisa? Não sei o que me agrada mais, vindo aqui. Se a tua poesia, repleta de sensibilidade ou se a sinceridade explícita desse amor que me encanta e que desejo, do fundo de meu coração, que seja eterno. Lindos! Doces beijinhos, bom fds
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