Foto: Helena Chiarello - arquivo pessoal
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...e temos que juntar
tudo outra vez,
recolher espantos
e amontoar de um jeito sólido
todas aquelas coisas
que mesmo com tanto cuidado
se vão quebrando
a cada impacto.
dizia-me [a minha vontade]
que seria fácil
e repetia-me
e queria mesmo que sim
porque parecia lógico acreditar
que nada se quebraria
[e essas certezas coladas
com sonho-sorriso-esperança
nem deveriam guardar tantas marcas]
...mas temos que juntar
tudo outra vez
[sonhos-certezas-encantos]
e mesmo com tanto cuidado,
só o desejo é intacto.
Helena Chiarello
9 comentários:
Assim é, assim há de ser...
Temos que juntar o que temos, o que sobra e recomeçar, reconstruir. Estamos sempre em constante "canteiro de obras"...
Lindo demais, Helena! Inspiração sempre maior! beijos,tudo de bom, feliz em te ver!chica
Olá,Helena!!!
Recomeçar sempre que necessário!
Tão linda poesia!!!!
Gosto muito do seu estilo!És inteligente e suave, em cada poema há profundidade e delicadeza...eu adoro!
Beijos, querida!
E só conseguimos por manter o desejo intacto. Ele afasta os senões e a aparente impossibilidade do recomeço.
Sinto falta, quando se ausenta, porque seus versos são um encanto. Bjs.
Justo o que eu precisava ler. Obrigada...e que os desejos permaneçam mesmo intactos.
Sempre reconstruimos cada dia o sonho que foi da noite. E se conseguirmos juntar todos os pedaços partidos, façamos uma obra de arte na reconstrução dos sonhos novos com novos encantos.
Como sempre uma lição de filosofia de vida. Não admira. Os grandes poetas são antes de tudo uns bons filósofos. Eis parte do teu segredo!
Terno e grande abraço doceamiga
Vim agradecer o carinho e estamos curtindo tudinho aqui ! beijos,chica
Minha Amiga Lê...
Sonhos... Certezas... Encantos...
Temos mesmo que juntar tudo outra vez (sempre) e protege-los com esse eterno desejo!!! Assim é vida a nos acenar...
Lindo Lê, tua Poesia sempre faz brilhar uma grande e clara Luz! Adoroooo!
Beijos Mil e todas Elas V!V!V!
Não fui embora de ti, mas se fui,
não era essa a intenção. Um
aperto no peito, uma vontade tão
grande de voar e eu aí, contigo,
preso num amor, não em qualquer
amor, mas no amor que em nosso,
meu e teu, peito nasceu. Eu não
fui, volto a te dizer. Eu não fui
embora de ti assim como de mim
tu, jamais partiste. De longe, de
muito longe eu vejo, na minha
imaginação, confesso. O teu
vestido branco solto no teu corpo
acariciando a tua pele no suave
embalo do vento que revolta os
teus cabelos emoldurando o rosto,
atrapalhando a vista e tal qual
um limpador de para-brisa, varre
por ti as lágrimas que teimam
fugir de mim.
silvioafonso
Nossa, lindo Helena
me vesti de sonhos,sorriso, esperanças, certezas e encantos.
Bjs.
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